Despedida de Poeta
(José Pedro Frazão) (foto)
(Ao amigo e poeta Cláudio Valério, porque poeta não morre: transforma-se em versos e retorna ao divino livro da poesia celestial)
Quisera fosse apenas pesadelo
Tua triste partida, poeta amigo,
E no meu despertar pudesse vê-lo
Em teu largo sorriso sem jazigo.
Quisera que essa dor profunda e forte
Fosse um singelo susto, irreal momento,
Que fosse fantasia e não a morte,
Que fosse poesia e não lamento.
Quisera que a partida fosse tarde
E não na aurora da tua existência,
Quando tua feliz verve ainda arde.
Mas se pertence a Deus cruel mistério,
O meu pequeno ser pede clemência
Ao Pai, que te dê paz, Cláudio Valério.
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