sábado, 6 de novembro de 2010

Leia artigo "Despedida de Poeta" de José Pedro Frazão

Despedida de Poeta

(José Pedro Frazão) (foto)

(Ao amigo e poeta Cláudio Valério, porque poeta não morre: transforma-se em versos e retorna ao divino livro da poesia celestial)

Quisera fosse apenas pesadelo

Tua triste partida, poeta amigo,

E no meu despertar pudesse vê-lo

Em teu largo sorriso sem jazigo.

Quisera que essa dor profunda e forte

Fosse um singelo susto, irreal momento,

Que fosse fantasia e não a morte,

Que fosse poesia e não lamento.

Quisera que a partida fosse tarde

E não na aurora da tua existência,

Quando tua feliz verve ainda arde.

Mas se pertence a Deus cruel mistério,

O meu pequeno ser pede clemência

Ao Pai, que te dê paz, Cláudio Valério.

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